A sala do tribunal plenário, em Lisboa – Irene Pimentel

Irene Pimentel descreve nesta breve exposição a instrução do “processo” nos “tribunais plenários”. Recordamos que tal como o anterior, estes textos recordam a história da resistência ao fascismo português e assinalam a cerimónia do descerramento da lápide, no passado dia 6, na antecâmara da sala do Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa. Aí decorriam as sessões desta “justiça pidesca”, praticada por “juízes” submetidos ao Estado Novo.

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Dos tribunais militares aos tribunais plenários

A historiadora e activista do Movimento, Irene Flunser Pimentel, elaborou para a cerimónia de descerramento da lápide condenando a acção dos “tribunais plenários”, dois textos que situam o contexto em que surgiram estes instrumentos de repressão do Estado Novo. Publicamos hoje o primeiro deles, sobre a origem desta “justiça pidesca”.

foto da cerimónia do Tribunal Plenário (web)
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Borges Coelho evoca o papel do Tribunal Plenário da Boa Hora

Borges Coelho, intervenção na Boa HoraEm nome das vítimas dos Tribunais Plenários, dos mortos e dos vivos, saúdo os juízes do Tribunal da Boa Hora que quiseram activar a memória dos tempos sombrios. As vítimas que represento foram neste local gravemente ofendidas na sua dignidade e no seu próprio corpo. Avivar, hoje e aqui, a memória constitui, pois, um acto necessário e exemplar de cidadania.

Os presos políticos, mulheres e homens, que durante dezenas de anos pisaram a barra deste tribunal, não eram gente vencida. Tinham experimentado os perigos da luta contra a ditadura e o rigor da vida clandestina. Tinham suportado a prisão, os espancamentos, a tortura da estátua, os meses de isolamento nos buracos do Aljube ou em Caxias. Muitas vezes chegavam aqui ainda com as marcas da tortura.
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“Em nome das vítimas dos Tribunais Plenários…”

O descerramento da lápide que fica a assinalar a triste existência dos “tribunais plenários” realizou-se ontem, 6 de Dezembro, na Boa-Hora, em Lisboa, com a participação de dezenas de pessoas, algumas vítimas da “justiça pidesca” que ali se exerceu. A lápide ficou colocada na antecâmara da sala da actual 6ª Vara Criminal, onde outrora funcionou o “tribunal plenário” do fascismo português.

foto da cerimónia do Tribunal Plenário, placa comemorativa (web)
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