Visita ao Posto de Comando do MFA

No cumprimento do objectivo fundador e central do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória, o Grupo de Trabalho “Roteiros da Memória” vai promover, no próximo dia 12, sábado, às 10.00h, uma visita ao Núcleo Museológico do Posto de Comando do M.F.A., instalado no Regimento de Engenharia 1, localizado na Pontinha, na sequência da colaboração acordada entre a Câmara Municipal de Odivelas e o NAM, que passará, entre outras iniciativas conjuntas, pela criação de um Roteiro de Odivelas da Memória da Resistência e da Liberdade, que terá como ponto central justamente o Posto de Comando.

Esta visita é particularmente importante, pois trata-se de preservar o edifício de onde o MFA dirigiu todas as operações do 25 de Abril de 1974. Foi ali que Marcelo Caetano esteve detido, levado pelo capitão Salgueiro Maia, tal como Silva Pais, director da PIDE/DGS e Ruy Patrício, ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi ali que o programa do MFA foi dado a conhecer ao país pelo major Vítor Alves.

visita ao Posto de Comando do MFA (12Maio2007)

Instalado num quartel, o edifício do Posto de Comando está sempre dependente do futuro do mesmo. Assim, para que não lamentemos um dia o apagamento da memória do Posto de Comando do MFA, é imperioso que o divulguemos hoje e façamos dele um dos eixos de intervenção do nosso Movimento Cívico.

A visita do dia 12 terá como convidado especial o jornalista António Valdemar, que fez reportagem na primeira conferência de imprensa da Junta de Salvação Nacional, realizada na manhã de 26 de Abril de 74, justamente no Posto de Comando.

Para participar na visita, basta aparecer às 9.45h da manhã do próximo sábado à porta do quartel da Pontinha (a estação do Metro da Pontinha fica a 50 metros do quartel). Todos podem ir sem inscrição prévia.

Descer na estação de metro da Pontinha e o quartel fica a 50 ou 100 metros. Basta perguntar onde é o quartel da Pontinha. O nosso companheiro Jorge Martins estará lá à porta.

Apareçam. Não deixem apagar a memória do Posto de Comando do MFA!

ACTUALIZAÇÃO!
Companheiros,

Em consequência de contratempos de última hora, que forçaram o jornalista António Valdemar a deslocar-se aos Açores, não vamos poder contar com o seu testemunho no próximo sábado. Convidámos o nosso companheiro Raimundo Narciso para partilhar connosco a sua experiência de resistência à ditadura nesse dia. Para além das conhecidas responsabilidades que teve na ARA, Raimundo Narciso vivia na clandestinidade em Odivelas no 25 de Abril de 74.

Para quem não sabe onde fica o quartel (Regimento de Engenharia 1), no sábado estará alguém do Movimento à saída da estação do metro da Pontinha às 9.30h (a 50 metros do quartel).

Jorge Martins.

Vimos, ouvimos e lemos – não podemos ignorar!

fotografia de Salgueiro Maia, 25 de Abril de 1974Há dois anos, no 5 de Outubro de 2005, um grupo de cidadãos reuniu-se junto da antiga sede da PIDE-DGS em Lisboa para expressar o seu protesto pelo apagamento de qualquer referência à memória histórica daquele local. Desse acto nasceu o Movimento Não Apaguem a Memória!. Desse protesto surgiu igualmente a possibilidade de corrigir o erro: inserir no vasto condomínio em que se está a transformar a antiga sede da polícia política um espaço que testemunhe a coragem da resistência democrática à ditadura e ao fascismo vulgar.

Das conversas havidas até à data com as diversas partes implicadas (o nosso Movimento, a Câmara Municipal de Lisboa e o promotor da obra) estabeleceu-se algum consenso tendo em vista a criação de um espaço dessa Memória no edifício:

O Não Apaguem a Memória! criou um grupo técnico para estudar a melhor solução para a concretização desse espaço;

a Câmara Municipal de Lisboa designou um vereador para dialogar sobre a matéria;

o Promotor imobiliário dispôs-se a aceitar trabalhar com esta equipa técnica e designou duas arquitectas para acompanhar os estudos.

No entanto, o que parecia dever resolver-se num prazo de tempo que não iria além de meses, arrasta-se desde Maio de 2006, numa situação em que o estado de ingorvenabilidade camarária influencia o andamento da construção do Núcleo Museolgico da António Maria Cardoso, resultando num arrastamento absurdo e inaceitável.

Por isso decidimos repor o assunto na praça pública.

Nada melhor para isso do que o desfile do 25 de Abril, que celebra a data em que a PIDE-DGS foi derrotada. Em sangue e raiva, acentue-se, recordando aqui os cidadãos anónimos que nesse dia ali caíram, vítimas da derradeira barbárie dos torcionários do sinistro regime do “Estado Novo”.

Do Rossio, onde termina o desfile do 25 de Abril, partiremos para a Rua António Maria Cardoso. Ali reforçaremos o protesto do 5 de Outubro de 2005.

É preciso que a CML e o promotor se entendam de uma vez por todas sobre a definição jurídico-administrativa ao espaço de memória a instalar no espaço da antiga prisão fascista.

É preciso que o memorial em homenagem às vítimas da PIDE-DGS se torne realidade.

Como Vladimir Jankélévitch, também dizemos: “Os deportados, os massacrados, só nos têm a nós para pensar neles. Os mortos dependem inteiramente da nossa fidelidade” (L’imprescriptible, Ed.du Seuil).

A Concentração do Movimento para a Manifestação é às 14,30 horas na Av. Duque Loulé.

A Concentração para o desfile para a António Maria Cardoso é junto ao Café Nicola, após a Manifestação.

O Grupo de Ligação

Visita guiada por ex-presos políticos às instalações da extinta polícia política do “Estado Novo” [PORTO]

O Núcleo do Porto do movimento cívico “Não apaguem a memória!” vai realizar a 21 do corrente mês de Abril, entre as 15 e as 17.30h, a segunda visita guiada por ex-presos políticos às instalações do actual Museu Militar do Porto, edifício onde funcionou uma delegação da polícia política do Estado salazarista, a PVDE/PIDE/DGS.

Com esta iniciativa, pretende-se afirmar a importância do edifício no roteiro dos locais de memória da resistência ao Estado Novo.

O núcleo do Porto deste movimento cívico plural e aberto tem efectuado diligências junto das autoridades administrativas locais e centrais visando a criação de um Museu da Resistência no edifício onde longamente esteve instalada delegação do Porto da PVDE/PIDE/DGS.

Espera-se que da convergência da acção cívica dos cidadãos e das cidadãs da área metropolitana do Porto, motivados pelo aprofundamento da educação histórica e pela defesa da preservação da memória das lutas anti-fascistas, resulte uma renovada dinâmica de participação e de cidadania.

Para qualquer informação adicional queiram anotar o telefone os endereços moc.liamgnull@otropairomemsiam e http://maismemoria.org.

Porto, 17 de Abril de 2007
O Movimento Cívico “Não Apaguem a Memória!”

33º Aniversário do 25 de Abril

foto ilustração do 25 de Abril de 1974

No 33º Aniversário do 25 de Abril o Não Apaguem a Memória! decidiu associar-se ao jantar organizado pela Associação 25 de Abril.

O Jantar realizar-se-á na FIL (Parque das Nações), no dia 24, pelas 19,00 horas e o preço é de 25 Euros.

Todos os que se quiserem inscrever podem fazê-lo através da Associação:
Tel: 213421420
Fax: 213241429
Mail: gro.lirba52null@ces.a52a

Agradecemos a todos os que se inscreverem que comuniquem também ao nosso Movimento para o mail: tp.opasnull@sadacebacaluap.

Um outro jantar, já na sua 5ª edição, portanto com tradições, irá decorrer no dia 20, no Espaço Ribeira (Mercado da Ribeira, em Lisboa), onde vários membros do Movimento fazem parte da Comissão Promotora.

A sessão contará com as intervenções dos membros do Movimento Helena Roseta e “Capitão de Abril” Martins Guerreiro, além doutros membros da Comissão Promotora.

José Afonso será evocado.

As inscrições podem ser feitas para os seguintes contactos:
Livraria do Restaurante: 213474098
Julia Coutinho: 914548986

Pel’o Grupo de Comunicação
Paula Cabeçadas