Caros amigos e associados,A Associação Movimento Cívico Não Apaguem a Memória, NAM, faz parte da COMISSÃO PROMOTORA DAS COMEMORAÇÕES POPULARES DO 25 DE ABRIL (2021).
No decurso de reuniões efectuadas na Associação 25 de Abril foi aprovado o Apelo e este Cartaz.
O NAM participa no desfile da Avenida da Liberdade em Lisboa com a faixa cuja imagem segue em anexo.
O NAM convida todos os seus amigos e associados a participarem em qualquer uma das manifestações comemorativas do 25 de Abril que se realizam em diferentes pontos do país.
25 de Abril Sempre!
Fascismo Nunca Mais!
Fernando Mariano Cardeira
Presidente da Direcção do NAM
Apelo aprovado
Comemoramos 47 anos da Revolução de Abril – o heroico levantamento militar do Movimento das Forças Armadas, logo seguido por um amplo levantamento popular, que pôs fim a 48 longos anos de obscurantismo e ditadura fascista e a 13 anos de uma guerra colonial que vitimou milhares de jovens portugueses e dos povos irmãos africanos.
Mais do que uma data, o 25 de Abril assinala o início de um processo revolucionário protagonizado pelo povo e pelos militares progressistas que realizou profundas transformações e conquistas democráticas no nosso país – conquistaram-se liberdades e garantias, direitos políticos, económicos, sociais e culturais, afirmaram-se a soberania e a independência nacionais, que foram consagrados na Constituição da República Portuguesa, que este ano celebra o 45º aniversário.
É preciso cumprir Abril.
Para cumprir Abril é preciso impedir que sejam os trabalhadores e as pessoas mais vulneráveis a serem as principais vítimas das nefastas consequências económicas e sociais da crise provocada pela pandemia do COVID19 e, é preciso continuar a combater políticas de retrocesso como a precarização das relações de trabalho e o aumento da exploração dos trabalhadores, a manutenção dos baixos salários e pensões, o ataque aos serviços públicos e às funções sociais do Estado que devem ser garantidos de forma universal, não deixando de defender o interesse nacional na política externa.
Para cumprir Abril, temos de ultrapassar as dificuldades do momento que vivemos não recuando na reposição e aumento de rendimentos e salários, na estabilidade laboral, no reforço dos serviços públicos, na garantia do direito à educação e à saúde, na garantia do acesso à criação e fruição cultural, nos direitos das famílias.
A calamidade que enfrentamos evidencia, uma vez mais, o valor inestimável do Serviço Nacional de Saúde como eixo estruturante do regime democrático, só possível graças à Revolução de Abril e que importa defender e reforçar, cumprindo-nos dirigir uma sentida e justa saudação a todos os profissionais de saúde pela sua abnegada dedicação à causa pública, tantas vezes com risco para a própria vida.
É hoje necessário reforçar o Serviço Nacional de Saúde, em meios humanos e técnicos, é necessário reforçar a estrutura de saúde pública, assegurando a interrupção das cadeias de contágio por via da testagem massiva, é necessária uma vacinação rápida de todos os portugueses, concretizando o direito à saúde, plasmado na Constituição que saiu da Revolução de Abril.
Neste momento, em que enfrentamos tão difícil crise, reafirmamos que para cumprir Abril se impõe continuar a lutar para acabar com múltiplas discriminações e injustiças sociais, ainda existentes, e que a pobreza, a desigualdade entre homens e mulheres, a homofobia e transfobia, o desrespeito dos direitos humanos das pessoas com deficiência, a xenofobia e o racismo têm de ser combatidos e expurgados da nossa sociedade!
Face ao recrudescimento de expressões reacionárias, de cariz racista, fascista e anti-democrático, como democratas e progressistas, afirmamos que estamos unidos na afirmação de que os valores de Abril estão bem presentes na história, na identidade de Portugal e dos portugueses e tudo faremos para combater ideias e acções que ataquem Abril.
Comemorar Abril é convergir na defesa dos valores de Abril, na defesa da liberdade, da democracia, da reposição e conquista de direitos e rendimentos, do desenvolvimento de políticas para uma mais justa distribuição da riqueza, da construção de uma sociedade inclusiva, caminho que só é possível ultrapassando os constrangimentos impostos a um desenvolvimento nacional sustentável e soberano.
Comemorar Abril é convergir para cumprir valores da cooperação, da Paz, da solidariedade, da não ingerência e pela solução pacífica dos conflitos internacionais, afirmando a concepção universalista do Povo Português de amizade com todos os povos do mundo, e em particular, com os povos de língua oficial portuguesa.
No sentido de propiciar uma alargada homenagem ao 25 de Abril e tendo em conta os condicionamentos provocados pela complexa situação sanitária que vivemos, apelamos:• Aos órgãos de comunicação social, Rádios e Televisões que, às 18 horas do dia 25 de Abril (hora da rendição de Marcelo Caetano em 1974), transmitam a “Grândola, Vila Morena”, seguida do Hino Nacional.• A todas(os) as(os) cidadãs(os), onde quer que estejam, às mesmas 18 horas, suspendam os trabalhos (com excepção dos que o não possam fazer, nomeadamente os que estejam a prestar serviços de saúde) e cantem a “Grândola, Vila Morena”, seguida do Hino Nacional.• Às e aos que estiverem em casa, provavelmente a maioria, que às mesmas 18 horas, venham às janelas e às varandas e cantem a “Grândola, Vila Morena”, seguida do Hino Nacional.
COMISSÃO PROMOTORAAssociação 25 de Abril (A25A) • Associação Abril • Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE!) • Associação Conquistas da Revolução (ACR) • Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis (PI) • Associação de Exilados Políticos Portugueses (AEP 61-74) • Associação Intervenção Democrática (ID) • Associação José Afonso (AJA) • Associação “Os Pioneiros de Portugal” • Associação Política de Renovação Comunista • Associação Portuguesa de Deficientes (APD) • Associação Portuguesa de Juristas Democratas • Associação Projecto Ruído • Bloco de Esquerda (BE) • Comissão Coordenadora das Comissões de Trabalhadores da Região de Lisboa (CIL) • Comissão da Juventude da UGT • Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) • Confederação Nacional de Organizações das Pessoas com Deficiência (CNOD) • Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) • Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD) • Conselho Nacional da Juventude (CNJ) • Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) • Ecolojovem “Os Verdes” • Frente Anti-Racista (FAR) • lnterjovem-CGTP • Jovens do Bloco • Juventude Comunista Portuguesa (JCP) • Juventude Socialista (JS) • LIVRE • Manifesto em Defesa da Cultura • Movimento Alternativa Socialista (MAS) • Movimento Cívico Liberdade e Democracia (MICLeD) • Movimento Cívico “Não Apaguem A Memória!” (NAM) • Movimento Democrático de Mulheres (MDM) • Movimento dos Utentes de Serviços Públicos (MUSP) • Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio-Oriente (MPPM) • Partido Comunista Português (PCP) • Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) • Partido Socialista (PS) • União Geral dos Trabalhadores (UGT) • União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP)