Local: Livraria Ler Devagar (Lisboa) Entidades promotoras: NAM – Isabel do Carmo e IHC – Fernando Rosas Apoio: Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República Coordenação Científica: Luís Farinha
5ª feiras – às 21h e 30m
A Queda da República e a instauração da Ditadura Militar 28 Out – Fernando Rosas
Revoltas Republicanas contra a Ditadura Militar e o Estado Novo (1926-1940) 4 Nov –Luís Farinha
A Ditadura Militar – a tomada do poder e os instrumentos de repressão 11 Nov – Irene Pimentel.
Exílio e deportação (1926-1940) 18 Nov – Susana Martins.
Sindicalismo livre e movimentos sociais na crise do Estado liberal 25 NovJoão Madeira
O Movimento Cívico Não Apaguem A Memória! – NAM, saúda todos os participantes no acto da inauguração da placa que sinaliza o local onde se situava a sede da PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa, realizado no dia 25 de Abril de 2010.
Saudamos todos os que durante meio século lutaram contra a ditadura, pela democracia e pela liberdade e que sofreram a prisão e as torturas daquela tenebrosa polícia política. Em particular saudamos os que ali se encontravam presentes, nomeadamente Edmundo Pedro, António Borges Coelho, José Manuel Tengarrinha e Helena Pato. Saudamos os capitães do MFA pelo seu papel histórico no 25 de Abril de 1974 e em particular os que ali se associaram a este acto nomeadamente o cor. Vasco Lourenço e muito especialmente o comandante Luís da Costa Correia o “capitão de Abril” que tomou, com a força militar que comandava, precisamente ali, onde nos encontrávamos, a sede da PIDE/DGS.
Saudamos o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, a Senhora Vereadora da Cultura, Drª Catarina Vaz Pinto pela forma pronta como acolheram a proposta do NAM, lhe deram execução de modo a coincidir com o dia 25 de Abril e participaram neste importante acto de preservação da memória. Saudamos também o director da Cultura, Dr.Mota Veiga, o Director do Património Cultural, arquitecto Jorge Carvalho e demais funcionários da CML que participaram neste acto ou na sua preparação.
Sinalização da sede da PIDE/DGS
De acordo com o programa da inauguração da placa de sinalização da PIDE/DGS na Rua António Maria Cardoso em Lisboa, realizou-se um cortejo que partiu dos paços do concelho da CML onde usaram da palavra a Senhora vereadora da Cultura Drª Cartarina Vaz Pinto e pelo NAM o Professor Jorge Martins que ao longo do mini-roteiro o animou e ofereceu de modo impressivo uma informação histórica da ditadura e do dia 25 de Abril de 1974 relacionada com os locais do percurso.
Após o descerramento da Placa, usaram da palavra Raimundo Narciso pelo NAM, José Manuel Tengarrinha, Edmundo Pedro e Helena Pato na qualidade de ex-presos políticos e lutadores anti-fascistas e o Presidente da CML Dr. António Costa.
O mini-roteiro e o acto final tiveram uma significativa participação de umas 150 a 200 pessoas.
A sessão pública realizada na tarde de sábado, 18 de Abril, participada por 43 pessoas, enriqueceu-se com os preciosos testemunhos de protagonistas da luta política anti-fascista que, nos anos 60 e 70, foram encarceradas nas instalações da PIDE/DGS do Porto e lá sofreram as humilhações, insultos e torturas que eram característicos métodos da polícia política do regime fascista português.
Francisco Cachapuz, Maria José Ribeiro, Jorge Carvalho, que foram entrevistados para a RTP, e também Joaquim Faria e Fernando Morais partilharam com os presentes as suas memórias do cárcere.
visita à sede da Pide
A visita aos espaços correspondentes às várias zonas da sede da PIDE do Porto permitiu o reconhecimento das celas de isolamento, do lugar onde se situava o parlatório, das salas “colectivas”, dos gabinetes de interrogatório e de tortura, bem como a sua comparação com o actual edificado, pertencente ao Ministério da Defesa e abrigando o Museu Militar do Porto.
Foram explicadas as estratégias de actuação dos agentes, referenciadas as variadas tipologias de tortura e relembradas as fugas bem sucedidas dos presos políticos. Foi um acto cívico de afirmação dos valores de liberdade e, simultaneamente, uma lição de história pela voz dos seus próprios actores.
NOTA DE IMPRENSA
VISITA À PIDE
GUIADA POR EX-PRESOS POLÍTICOS
Divulgar entre as gerações mais jovens a memória da resistência ao fascismo é objectivo central do movimento cívico Não Apaguem a Memória, cujo núcleo do Porto dinamiza mais uma visita pública ao edifício onde funcionou a delegação do Porto da PVDE/PIDE/DGS.
A iniciativa terá lugar nas instalações do Museu Militar do Porto, na Rua do Heroísmo, correspondente às instalações da ex- PIDE, na tarde de sábado 18 de Abril corrente, a partir das 15 horas e 30 minutos.
Esta associação cívica conta com os testemunhos dos protagonistas das lutas pela liberdade e pela democracia, ou seja, com os depoimentos de ex-presos políticos que nesse sinistro edifício foram encarcerados, humilhados e torturados.
Numa perspectiva de educação histórica, visa-se o reforço da nossa identidade democrática bem como a salvaguarda da memória da resistência ao “Estado Novo”, designação que tomou o fascismo português, e o aprofundamento do conhecimento das gerações presentes sobre as realidades do passado.
O Núcleo do Porto do movimento cívico Não Apaguem a Memória!
Desde a sua criação, em Maio deste ano, a Associação – Movimento Cívico Não Apaguem a Memoria desenvolveu uma série de iniciativas tendentes a sensibilizar a opinião pública sobre os fins que perseguimos, iniciativas de que demos conhecimento por mailing list. Mas uma Associação não é, apenas, um grupo de corpos gerentes eleitos, mas sim de pessoas que se mobilizam em torno de objectivos comuns.
Apelamos, por isso, à participação de todos os associados e apoiantes no Plenário que terá lugar nas primeiras semanas de Janeiro de 2009 na sede do NAM, na Rua da Emenda, nº 107 – R/C ( ao Chiado) em data e com ordem de trabalhos que serão anunciados oportunamente aqui.
Será feito um balanço do trabalho desenvolvido pelo NAM (de Junho a Dezembro de 2008. É uma oportunidade para um debate sobre os Grupos de Trabalho, sobre o seu funcionamento e inscrição de novos colaboradores.
Será feita também uma apresentação e discussão do programa de trabalho para os meses seguintes e discutida a organização da Assembleia Geral ordinária que terá lugar em Março ou Abril de 2009.
Haverá igualmente oportunidade para discutir as questões mais candentes no momento.
Pousada no Forte de Peniche
Este tema tem suscitado notícias e polémica na comunicação social. Está em causa a preservação da Memória de um dos locais mais simbólicos da luta contra a ditadura e pela liberdade. Será ela assegurado dando-se prioridade a interesses comerciais e turísticos e secundarizando o dever do Estado de preservação da Memória? Ver comunicado do NAM no neste site (link).
Sócios Honorários
Este é um assunto que não deixará de ser ponderado e decidido na próxima assembleia geral do NAM.
Tal como referido no número dois do Art. 6º dos Estatutos existe a categoria de Associados Honorários. Poderão ser reconhecidos na qualidade de Associados Honorários, pessoas que se notabilizaram na luta contra a ditadura ou que de algum modo contribuem para o objectivo do Movimento Não Apaguem a Memória.
A escolha destes associados será feita por proposta da Direcção ou subscrita por um mínimo de vinte associados, a aprovar em Assembleia Geral. O convite será formalizado pelo Presidente da Mesa.
Conselho da Memória
A Próxima Assembleia Geral poderá discutir e decidir a criação de um Conselho da Memória constituído por sócios Honorários de 2009 com as funções de órgão consultivo da Direcção e com capacidade de iniciativa para recomendações à esta
Debates
Encontram-se em estudo a realização de um colóquio sobre as lutas estudantis dos anos 1958 a 1962 ou a 1968. Pondera-se a possibilidade de se alargar o tema a outras lutas políticas contra o regime de então e/ou a comparação com lutas estudantis de outros países.