«Vamos falar…»? – Falámos, claro!

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O encontro “Vamos falar da nossa juventude?”, realizado em 19 de Maio de 2011, no ISCTE-IUL, integrado nas Jornadas Pedagógicas do curso de Ciência Política, decorreu segundo o calendário previsto, contando com a participação de quase todos os oradores e moderadores anunciados, e também de outros intervenientes (activistas do período do fascismo e jovens). Permitiu-nos reencontrar velhos companheiros e amigos e constituiu um momento enriquecedor e agradável, mas, sobretudo, deixou os testemunhos e a informação histórica que se pretendia levar aos jovens alunos universitários. Pelos muitos ecos que tivemos desta iniciativa, julgamos que o NAM terá contribuído para o conhecimento do passado e, consequentemente, para um melhor entendimento do presente.

A Ditadura Militar: a tomada de poder e os instrumentos de repressão

[ texto de Irene Pimentel ]

– Num contexto de revoltas reviralhistas e de actividade anarco-sindicalista e, em menor grau, comunista, contra a Ditadura Nacional implantada pelo golpe de Estado de 28 de Maio de 1926, foram criadas e reforçadas as estruturas repressivas, nomeadamente da polícia política, da censura à imprensa e do aparelho judicial militar.

– Nesse contexto, digladiavam-se, no seio do novo regime militar várias forças. Entre estas, contavam-se, por um lado, a dos militares conservadores liberais, que tinham participado no 28 de Maio, mas que eram republicanos e encaravam a ditadura como provisória, e, por outro lado, os nacionalistas de direita e extrema-direita, fascizantes, os elementos do tenentismo, a Igreja católica que pretendiam fundar um novo regime.

– Este acabaria por ser o Estado Novo de Salazar, que a partir de 1930 passou a hegemonizar progressivamente o poder político, até então dominado pelos sectores militares republicanos conservadores.

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