Poesia pela Liberdade

cartaz da iniciativa “Poesia pela Liberdade”, 30 de Junho de 2007O Grupo de Trabalho Roteiros da Memória do Não Apaguem a Memória! promove, em parceria com a Câmara Municipal de Odivelas o Projecto “Poesia pela Liberdade”.

As sessões realizam-se na Biblioteca Municipal D. Dinis (núcleo da Pontinha).
A primeira sessão realiza-se já no próximo dia 30 de Junho, pelas 10:30 horas, e é dedicada a José Gomes Ferreira – O “Poeta Militante”.

Maria Emília Neves, coordenadora do Projecto, dirá poemas por si escolhidos, acompanhada pelo músico João Bessa que interpretará, em flauta de bisel, temas do Cancioneiro Geral.

Todos estão convidados a assistir e participar (dizendo poesia, por exemplo).

(A Biblioteca situa-se por detrás do conhecido restaurante “Velho Mirante” da Pontinha.)

Colóquio na Ordem dos Advogados

Conforme anunciámos, decorreu no dia 20 de Junho de 2007 na Ordem dos Advogados o debate “A defesa dos direitos humanos e a Resistência ao fascismo”.

fotografia do encontro na Ordem dos Advogados, 20 de Junho de 2007

O Dr. Rogério Alves, Bastonário da Ordem dos Advogados, fez uma intervenção inicial em que se congratulou pela iniciativa do debate, enquadrando a época do Estado policial que se vivia antes do 25 de Abril de 1974.

Catarina Prista, em nome do Movimento Não Apaguem a Memória! relatou de que forma nasceu a Manifestação de 5 de Outubro de 2005 em frente à sede da Pide na Rua António Maria Cardoso que deu origem ao Movimento: uma iniciativa de jovens que não aceitaram que aquele espaço de Resistência fosse transformado num condomínio de luxo, sem que fosse preservada a Memória daqueles que lá sofreram e lutaram. Uma manifestação espontânea, convocada por SMS e que teve uma adesão inesperada.

Carlos Brito, como ex-preso político, fez um impressionante relato da sua experiência. De Caxias ao Aljube, passando por Peniche, relatou-nos as experiências das torturas do sono e da estátua, a solidão da prisão, a luta interior dos presos, a fuga do Aljube, feito histórico de 1957, já relatado neste blogue.

A intervenção de José Augusto Rocha, advogado de presos políticos nos Tribunais Plenários, foi um momento alto do Colóquio:

José Augusto Rocha centrou a sua intervenção em dois casos que defendeu nesses Tribunais que mais não eram do que a tribuna da PIDE para encarcerar os democratas que defendiam a Liberdade e a Democracia: os processos de Amadeu Lopes Sabino e de Diana Andringa.

Relatos impressionantes, com descrições intensas das torturas sofridas, das ilegalidades cometidas, do horror de um Estado policial e ditatorial. Foi a demonstração do que era o Estado da PIDE – um Estado dentro do Estado. Relatos importantíssimos para a História do anti-fascismo e do que foram os famigerados Tribunais Plenários.

Finalmente, o historiador Luis Farinha encerrou o Colóquio com uma importante intervenção:

Para Luis Farinha, é fundamental não branquear o chamado Estado Novo como algumas tendências historiográficas parecem querer; o Estado Novo foi, segundo ele, um período de retrocesso dos Direitos Humanos, foi o desmantelamento do Estado de Direito. De 1926 a 1974 não existiu Estado de Direito em Portugal.

Para este historiador, a importância dos advogados de defesa dos presos políticos foi uma frente de batalha importantíssima na luta pelos Direitos Humanos.

Espaços de Memória na TSF – Na Ordem do Dia

No seguimento do debate Espaços da Memória -contributo para um roteiro da memória e da resistência da cidade de Lisboa, onde foi referenciada a participação e o empenhamento do nosso Movimento na luta pela preservação da memória da antiga sede da PIDE na António Maria Cardoso (bem como os compromissos já assumidos pela CM Liaboa e pelo promotor imobiliário), e onde também foi reafirmada a importância e urgência da constituição do Museu Nacional da Liberdade e da Resistência, que são dois dos grandes objectivos do Não apaguem a memória!, entendeu o Provedor da Arquitectura -arqº Francisco Silva Dias – referir a importância deste assunto na TSF.

Este é um tema que interessa a cada vez mais cidadãos, e motiva em cada dia mais e maiores vontades.

Vale a pena ouvi-lo e reflectir:

Rádio TSF Online > Opinião
“Na Ordem do Dia” com Francisco Silva Dias, 25-05-2007
Nasceu e ganha crescente dinamismo o movimento cívico denominado “Não Apaguem a Memória!”.
Francisco Silva Dias comenta em A Ordem do Dia:

clique para ouvir na TSF online

Espaços da Memória

16 de Maio 2007, 21 horas
SEDE NACIONAL DA ORDEM DOS ARQUITECTOS
TRAVESSA DO CARVALHO 23, LISBOA

CONTRIBUTO PARA A ELABORAÇÃO DE UM “ROTEIRO DA MEMÓRIA E DA RESISTÊNCIA DA CIDADE DE LISBOA”

Debate Espaços de memória, OA, 2007/05/16
Sala cheia!

O Debate Espaços da Memória na Ordem dos Arquitectos foi um êxito e um momento muito importante para o Movimento.

A dinamização dos espaços arquitectónicos da Memória anti-fascista é um projecto do Movimento e também da Ordem dos Arquitectos.

O Não Apaguem a Memória!, representado na mesa do Colóquio por Fernando Vicente, expôs o fundamental dos nossos objectivos no que se refere a estes espaços, em particular, à sede da ex-PIDE/DGS na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.

Foi lembrado que existe um compromisso da Câmara Municipal de Lisboa e do Promotor do empreendimento imobiliário para ali criar um espaço condigno que lembre aqueles que por lá passaram e sofreram as torturas da polícia política do Estado Novo, alguns, inclusivamente, com a própria vida.

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