Protocolo com a Direção-Geral do Património Cultural

Protocolo de Cooperação entre a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e a Associação Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM) | Projeto de criação do Museu Nacional Resistência e Liberdade

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e a Associação Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM) vão colaborar na área dos conteúdos e da divulgação, no contexto do projeto de criação do Museu Nacional Resistência e Liberdade (MNRL), na Fortaleza de Peniche.

Nos termos do Protocolo de Cooperação formalizado, a DGPC assegura que as peças e documentos que lhe sejam cedidos em regime de depósito e/ou doação para o MNRL “beneficiarão das condições de conservação e exposição exigidas e regulamentadas para o património móvel”.

Por seu lado, a NAM compromete-se a colaborar na criação de conteúdos do Museu, a ceder “gratuita e temporariamente” peças e documentos identificados como relevantes “para completar e enriquecer o MNRL, em regime de depósito (ou doação) ”, bem como a participar em ações de divulgação das exposições, incluindo colóquios, conferências e visitas guiadas específicas.

No seu articulado, o Protocolo define igualmente o compromisso das partes em “colaborar, quando tal se mostre conveniente ou útil, de acordo com o comum julgamento de todos”, na divulgação recíproca das atividades do MNRL e da NAM, bem como na realização “de eventos conjuntos sempre que tal se mostre oportuno, mantendo, para o efeito, permanente comunicação recíproca das respetivas atividades”.

Válido por um período de cinco anos, o Protocolo de Cooperação foi assinado a 15 de março último pelo Diretor-Geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça, e por Fernando Mariano Cardeira, em representação da NAM.

O MNRL, na Fortaleza de Peniche, foi criado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 73/2017, de 6 de maio, e afeto à DGPC pela Portaria n.º 260/2017, de 7 de setembro. Abriu ao público a 25 de abril de 2019 com a exposição “Por Teu Livre Pensamento”, que antecipa os conteúdos do Museu em construção.

A NAM, constituída em 2008, tem como preocupações centrais a salvaguarda, investigação e divulgação da memória da resistência à ditadura e da liberdade conquistada em 25 de abril de 1974.

[ Notícia aqui ]

Tertúlia na Casa da Achada

Tertúlia na Casa da AchadaPromovida pelo NAM e com a colaboração da Casa da Achada, teve lugar em 6 de Julho a iniciativa Índios da Meia Praia. Após uma conversa acerca do tema, ao fim da tarde, com o arquitecto José Veloso e o sociólogo João Baía, ouvimos o Coro da Achada cantar a canção do Zeca com o mesmo nome. Jantou-se (umas dezenas de pessoas) num restaurantezinho por perto da Casa da Achada. Depois, com a sala novamente cheia, houve a projecção do filme de Cunha Telles

 

Tertúlia no Café Vá-Vá

Em 15 de Junho realizou-se no Café Vá-Vá (Lisboa) a 4ª tertúlia deste ano. Estivemos à conversa com Ana Margarida de Carvalho, Ana Paula Pereira, Inês de Castro, João Luís Lisboa, Mónica Almeida e Sérgio Manso Pinheiro. Em 1974, eram crianças ou adolescentes e, agora, aceitaram responder-nos às questões: Que memória tens do fascismo? O que fazer dessa memória? Estiveram mais jovens do que habitualmente, houve emoção nos testemunhos, surgiram questões interessantes e o debate, desta vez, aqueceu…

Tertúlia Café Vá-Vá

 

Actividades 2013

Aqui temos o boletim noticioso – Boletim Noticioso N.11 Junho de 2013.

 

O NAM e o 25 Abril

Alguns associados do NAM juntaram-se na manifestação do 25 Abril e desfilaram com a faixa do Movimento.

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AS CRIANÇAS DA MARTINICA COM O NAM

Uma professora da Martinica (numa parceria com o AE D. João V da Damaia) propôs-nos uma iniciativa que acolhemos com entusiasmo, e que veio a ser organizada e levada a cabo por Artur Pinto e Daniel Ricardo. No Dia da Liberdade, de manhã, um grupo de crianças da Martinica, acompanhadas de professores, cumpriram um programa/ percurso pela memória da Resistência em Lisboa; e, à tarde, desfilaram na manifestação.

 

TERTÚLIA NA CASA DA CULTURA EM COIMBRA

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«Memória da resistência cívica e cultural nos anos 60». Realizou-se no passado dia 18 Maio, na Casa Municipal da Cultura, organizada por amigos do NAM de Coimbra. A abrir a sessão, moderada por Miguel Cardina, Abílio Hernandez C., José Dias, Manuela Cruzeiro e Rui Namorado fizeram intervenções sobre a actividade cultural de resistência, as lutas estudantis, as mudanças dentro dos movimentos católicos e o novo protagonismo das mulheres, na década de 60. Helena Pato (Direcção) deu informação acerca das iniciativas programadas, em curso, e já realizadas pelo NAM, em 2013.

A sessão contou com a participação de vários democratas empenhados na preservação da memória da Resistência antifascista. O debate abriu-se a questões de perspectiva acerca de memória, com a participação de alguns dos presentes, entre os quais Rui Bebiano, Rosário Gama e Sara Amâncio. De Lisboa estiveram presentes quatro elementos da direcção e outros activistas do NAM, que se deslocaram propositadamente a Coimbra.

 

CONFERÊNCIAS SOBRE CENSURA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO

foto2Realizou-se a sessão anunciada sobre Censura no Cinema e Artes (FCHS, em Abril). Foi moderada por Ana Cabrera e contou com intervenções de abertura de Ana Cabrera e de Helena Pato (NAM). Intervenções sobre o tema a cargo de Leonor Areal, Cristina Costa, Ana Bela Morais, J. Leitão Ramos, M. João Brilhante e Manuel Augusto Araújo.

Em 15 Maio, teve lugar na ULHT a Conferência sobre Censura no Jornalismo. Abriu com a projecção do documentário Lápis Azul, de Rafael Antunes. Às palavras de abertura de M. Manuel C. Magalhães (NAM) e de Carla Cardoso (ULHT), seguiram-se as intervenções de Fernando Correia, Diana Andringa e Daniel Ricardo.

Com a presença de cerca de 300 pessoas, sobretudo jovens, houve ainda ocasião para questões colocadas pela assistência.

 

TERTÚLIA NO CAFÉ VÁ-VÁ

Em 15 de Junho, pelas 16 h, realiza-se no Café Vá-Vá (Lisboa) a 4ª tertúlia deste ano. Vamos estar à conversa com Ana Margarida de Carvalho, Ana Paula Pereira, Inês de Castro, Inês Medeiros, João Luís Lisboa, Luísa Ortigoso, Mónica Almeida e Sérgio Manso Pinheiro. Em 1974, eram crianças ou adolescentes e, agora, aceitaram responder-nos às questões: Que memória tens do fascismo? O que fazer dessa memória?

 

TERTÚLIA NA CASA DA ACHADA

Promovida pelo NAM e com a colaboração da Casa da Achada, vai ter lugar em 6 de Julho a iniciativa Índios da Meia Praia. 

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Quando se deu a revolução de Abril de 1974, as barracas de zinco de uma comunidade de pescadores, em Lagos, desapareceram neste lugar. Através do serviço ambulatório de apoio local, conhecido como projecto SAAL, o governo cedeu o terreno, o apoio técnico e parte do dinheiro, e as populações avançaram com a mão-de-obra.

O fim do bairro de lata ficaria a dever-se ao arquitecto José Veloso. Foi difícil convencer os moradores do bairro. Desconfiavam das promessas e chegaram a ameaçar correr José Veloso à pedrada. O arquitecto não desistiu. Aos poucos, os pescadores acreditaram que poderiam ter direito a uma casa.

Ansiosa por deixar as barracas, a população organizou-se em turnos. Quando os homens estavam no mar, eram as mulheres que trabalhavam nas obras. Havia duas regras: as habitações tinham de começar a ser construídas ao mesmo tempo e todos teriam de ajudar na construção de todas as casas.

O realizador de cinema António da Cunha Telles decidiu documentar a transformação que estava em marcha e Zeca Afonso criou a música com o mesmo nome.

Quase quarenta anos depois, o bairro, localizado a poucos passos da praia, numa zona de expansão turística e ao lado de um campo de golfe, parece ter os dias contados.

18.30h – Conversa informal com os arquitectos José Veloso e João Baía sobre o tema.

19.30h – Actuação do Coro da Achada: a canção do Zeca Afonso com este tema.

20.00h – Jantar convívio na zona (em restaurante de baixos preços).

21.30h – Projecção, seguida de debate, do documentário «Índios da Meia Praia», de António da Cunha Telles, com apresentação de José Veloso.

 

O MUSEU DO ALJUBE

No passado dia 6 de Maio, enviámos uma carta ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, solicitando uma audiência, com vista a um esclarecimento sobre as razões que teriam levado a CML a não convidar o NAM a integrar a Comissão Instaladora deste museu. A carta, subscrita por todos os membros dos corpos sociais do NAM, não teve até à data (6 de Junho) qualquer resposta.

 

Toda a INFORMAÇÃO do NAM no site maismemoria.org e no grupo do FACEBOOK «Amigos do NAM» (1253 membros).