Dois seminários sobre ‘Censura e Liberdade de Expressão’vão decorrer já a partir do mês de abril, promovidos pelo Movimento não Apaguem a Memória (NAM). O primeiro organizado em conjunto com o Centro de Investigação de Media e Jornalismo (CIMJ) e o Projecto Censura ao Cinema e ao Teatro, decorrerá no dia 23 de abril entre as 15 e as 18 horas, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; o segundo acontecerá a 15 de maio, das 10 às 13 horas, na Universidade Lusófona, em Lisboa, e resulta de uma parceira entre o NAM e a VISÃO, com organização a cargo do curso de Jornalismo e Comunicação daquele estabelecimento de ensino. Além destas iniciativas, o NAM tem na calha mais uma tertúlia que decorrerá na Casa de Cultura de Coimbra, a 18 de maio, pelas 15 horas, e que contará com a presença de destacados democratas de Coimbra, com um passado ligado ao combate antifascista.
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Censura e Liberdade de expressão
O Movimento Não Apaguem a Memória (NAM) tomou a iniciativa de promover dois seminários dedicados a esta matéria:
1º – «Reflexão sobre a censura e a liberdade de expressão» – organização do CIMJ, Projeto Censura ao Cinema e ao Teatro, antes e depois do 25 de Abril e NAM. No dia 23 Abril, entre as 15 e as 18h – FCSH/UNL
2º – «Censura à Imprensa no tempo da ditadura» – organização do Curso de Comunicação e Jornalismo da ULHT, NAM e revista Visão. No dia 15 Maio entre as 11 e as 13 h – ULHT
Objectos com História
Notícias sem Censura no Vá-Vá
A tertúlia sobre rádios e imprensa clandestina, durante o fascismo, resultou muito bem. Cerca de 60 pessoas em convívio fraterno, alguns jovens, pluralidade de opiniões e testemunhos dos militantes anti-fascistas responsáveis por esses meios de comunicação e divulgação das lutas. Quatro amigos do NAM que, durante 3 horas, contaram, informaram, recordaram muito da sua larga experiência: Manuel Alegre, Margarida Tengarrinha, S. Lima Rego e J. Hipólito dos Santos. Miguel Cardina moderou muito bem, o que permitiu que os oradores aceitassem (ainda que algo contrariados!) os indispensáveis cortes no tempo das intervenções – na verdade, cada um deles teria desejado dispor de mais uma hora…
A próxima tertúlia é a 16 de Março, no Café Vá-Vá:
«OBJECTOS COM HISTÓRIA».
O Juiz Baltazar Garzón é afastado da carreira judicial!
O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória manifesta a sua solidariedade ao Juiz Baltazar Garzón, horas depois de o Supremo Tribunal de Justiça de Espanha, numa decisão iníqua e revanchista, o ter afastado da carreira judicial, por 11 anos. Este é o juiz que ousou processar Pinochet e que desmantelou, em 2009, no caso Gurtel, uma rede de corrupção e de lavagem de dinheiro especializada no saque de fundos públicos, atingindo duas dezenas de políticos do partido político PP.
Garzón já se tinha tornado demasiado incómodo aos sectores da sociedade espanhola que querem continuar a apagar a memória dos crimes perpetrados pelo regime franquista, quando intentou que fosse feita justiça a centenas de milhares de vítimas inocentes de crimes contra a humanidade. Vê-se agora, segundo o próprio afirmou em tribunal, perante «uma sentença sem razão jurídica nem provas que a justifiquem», em que é «eliminada a possibilidade de investigar a corrupção e os seu delitos associados, abrindo espaços de impunidade».
O NAM junta-se àqueles que, em todo o mundo, fazem ouvir os seus protestos e indignação, citando as palavras proferidas ontem por Maria Garzón Molino (filha do Juiz): Isto só «nos deu mais força para continuar a lutar por um mundo em que a Justiça seja autêntica».
A direcção do NAM
9 de Fevereiro de 2012