«Vamos falar…»? – Falámos, claro!

Clique para ver a imagem completa

O encontro “Vamos falar da nossa juventude?”, realizado em 19 de Maio de 2011, no ISCTE-IUL, integrado nas Jornadas Pedagógicas do curso de Ciência Política, decorreu segundo o calendário previsto, contando com a participação de quase todos os oradores e moderadores anunciados, e também de outros intervenientes (activistas do período do fascismo e jovens). Permitiu-nos reencontrar velhos companheiros e amigos e constituiu um momento enriquecedor e agradável, mas, sobretudo, deixou os testemunhos e a informação histórica que se pretendia levar aos jovens alunos universitários. Pelos muitos ecos que tivemos desta iniciativa, julgamos que o NAM terá contribuído para o conhecimento do passado e, consequentemente, para um melhor entendimento do presente.

debates «Vamos falar da nossa juventude»

Aos sócios e amigos do NAM

Tal como vimos anunciando há meses, realiza-se no próximo dia 19 de Maio, a partir das 9 horas, no ISCTE, em Lisboa, uma iniciativa levada a cabo numa primeira colaboração entre o NAM e o Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas do ISCTE-IUL.

«Vamos falar da nossa juventude» será uma jornada de debates, apoiada em opiniões e testemunhos de vários companheiros da Resistência que foram activistas de movimentos estudantis durante a ditadura e conta com intervenções de jovens alunos do ISCTE.

Pode consultar aqui o horário, temas e oradores.

Tem, nesta ocasião, a possibilidade de rever amigos e de contribuir para que não se apague a memória do papel da juventude na luta contra o fascismo.

A Direcção do NAM apela à sua participação.

11 de Maio de 2011

 

«Vamos falar da nossa juventude!»

Debates sobre a participação política da juventude na Resistência à ditadura (Estado Novo). Uma iniciativa do NAM (Movimento cívico Não Apaguem a Memória) levada a cabo em colaboração com o Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas do ISCTE-IUL.
Intervenções de activistas seguidas de debates. Moderação dos estudantes de membros do NAM.
Data: 19 de Maio de 2011.

Estão organizados três painéis:

A – O movimento político MUD Juvenil
O movimento estudantil de resposta ao Decreto-Lei 40900 (década de 50)

B – Os movimentos estudantis na década de 60:
Crise Académica de 62

C – Os movimentos estudantis na década de 60:
Crise académica de 69

Todas as participações são bem-vindas, em todos os painéis. As sessões são abertas a todos os interessados. Em breve, promoveremos a abordagem de outros movimentos juvenis durante o fascismo e, também, na actualidade.

Estes debates contam com intervenções já confirmadas de vários activistas e, tanto quanto possível, decorrerão de acordo com o horário do quadro em anexo (formato PDF).

À Comunicação Social

A direcção do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória manifesta a sua profunda indignação perante o julgamento de Margarida Fonseca Santos, Carlos Fragateiro e José Manuel Castanheira. Não está apenas em causa a liberdade de expressão destes prestigiados intelectuais (e o precedente que este caso pode configurar), mas também o desrespeito pela memória de todos aqueles que, durante o fascismo, combateram por um regime democrático.

Na manhã de 3 de Maio de 2011, acusados por familiares do último director da PIDE/ DGS, vão estar, na barra do tribunal(1) , cidadãos que se propõem preservar a memória da ditadura, e não Silva Pais, um dos maiores responsáveis pelo regime de terror em que se viveu até 1974. As atrocidades infligidas aos opositores, por inspectores e agentes sob a alçada de Silva Pais, enchem milhões de páginas no Arquivo da Torre do Tombo, jamais foram objecto de confrontação por parte desses seus autores, mas não são esquecidas pelas vítimas.

Há poucos dias, foi inaugurada uma exposição na antiga Cadeia do Aljube, em Lisboa: «A Voz das Vítimas». Impressiona pela dimensão que transmite dos crimes cometidos pela polícia política, ao longo de 48 anos. E vem lembrar-nos, de novo, que os autores desses crimes nunca foram julgados. Os obreiros da Democracia, nascida em Abril, não abdicaram de uma atitude de tolerância que se tem revelado enormemente injusta para com os milhares de portugueses que sofreram, até à morte, as consequências de torturas, de prisões, de perseguições, ou o exílio. Foram décadas vividas sob o terror da PIDE /DGS, com o comando de Silva Pais, seu Director.

O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória saúda os acusados neste processo, por se juntarem àqueles que deixam, para as gerações futuras, um legado de memórias desse tenebroso tempo de opressão. Estaremos, sempre, ao lado dos que impedem o branqueamento, quer de um regime que destruiu vidas e famílias, quer dos seus responsáveis máximos. E Silva Pais é um nome que não se apaga da nossa memória.

Em 2 de Maio de 2011

 

A Direcção do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória

 

Às 9h 30m de 3 de Maio de 2011 no 2º Juizo Criminal, 3ª Secção, Av D. João II, n.º 1, Parque das Nações. Metro: Gare do Oriente,.

 

 

 

A exposição A Voz das Vítimas, no Aljube

A exposição a Voz das Vítimas foi ontem inaugurada no Aljube. Compareceram cerca de duas centenas de pessoas entre as quais muitos ex-presos do Aljube, como Edmundo Pedro, António Borges Coelho, Mário Soares, Artur Pinto, Fernando Rosas, Alfredo Caldeira, José Hipólito dos Santos, Mário Lino, Crisóstomo Teixeira e outros activistas do NAM. Estiveram presentes deputados, o Secretário de Estado da Cultura, Vasco Lourenço em representação da A25A, Corregedor da Fonseca pela URAP o vice-presidente da CML e directores da área da Cultura da CML ligados ao levantamento da exposição, que tem o traço de Henrique Cayatte, e vários historiadores, entre os quais Irene Pimentel da direcção do NAM, João Madeira, Suzana Martins.

Usaram da palavra Raimundo Narciso pelo Movimento Não Apaguem a Memória, Fernando Rosas, pelo Instituto de História Contemporânea da UNL, Mário Soares em nome da Fundação Mário Soares, António Costa Presidente da CML e por fim Jaime Gama presidente da Assembleia da República.

Seguiu-se uma visita guiada por Alfredo Caldeira, o responsável pelo levantamento da exposição no terreno.

A RTP, a SIC notícias, o Expresso e o Público, nomeadamente, noticiaram o evento.

Ver o site da CML notícia e fotografias em http://www.cm-lisboa.pt/?idc=88&idi=57235

Na sua intervenção o Presidente da CML, António Costa, sublinhou o papel desenvolvido pelo NAM, quer junto da CML quer junto do ministério da Justiça, durante o ano de 2009 para que o edifício do Aljube, ocupado por serviços deste ministério, fosse destinado a um museu sobre a Luta pela Liberdade objectivo que se concretizará a seguir a esta exposição.

Ver também o site da exposição: http://www.aljube.net

(A expo está aberta ao público todos os dias, das 10 às 18 horas, excepto às 2ªs f, até 5 de Outubro. A entrada é grátis)

Expo A Voz das Vítimas:

debates ver em: http://www.aljube.net/iniciativas

Visitas guiadas ver em: http://www.aljube.net/visitas_guiadas

Intervenção de Raimundo Narciso na inauguração da exposição “A Voz das Vítimas”, na antiga prisão política do Aljube, em Lisboa, em 14 de Abril de 2011

Continue reading