Programa Eleitoral

 PROGRAMA ELEITORAL

de Maria Gabriela Vieira da Silva, lista única candidata às eleições do NAM em 2017-05-20

 

 APRESENTAÇÃO

 A Associação Movimento cívico Não Apaguem a Memória! (NAM) define-se como um movimento democrático, plural e aberto, que visa a preservação e a divulgação da memória coletiva dos combates pela democracia e pela liberdade, travados através das múltiplas e diversificadas formas, que marcaram a resistência do povo português à ditadura do “Estado Novo” para a constituição de um Estado de Direito em Portugal.

 A experiência acumulada pelo NAM, ao longo dos últimos anos, que se traduziu em inúmeras iniciativas, tem permitido, a cada mandato, fazer um balanço da nossa atuação e perceber as potencialidades e limites da dinâmica de trabalho e do modo de organização e funcionamento do Movimento.

 Temos a convicção de que a transformação do Não Apaguem a Memoria! em associação se revelou, de facto, uma vantagem, pela organização de um quadro institucional que criou condições mais favoráveis ao estabelecimento de relações de colaboração amplas e efetivas, com os poderes públicos e entidades, que perseguem fins similares aos nossos. Foi possível, desse modo, a celebração de protocolos e o desenvolvimento de projetos e iniciativas conjuntas, que projetaram a imagem e a credibilidade do NAM na opinião pública.

Apesar dos receios de alguns, esta institucionalização não comprometeu as características originais do NAM, enquanto movimento cívico, orientado para a mobilização cidadã de todos os que valorizam – quaisquer que sejam as suas opções ou preferências político-partidárias – a importância de resgatar do esquecimento as lutas e o sofrimento de tantos portugueses e portuguesas, até Abril de 1974, na caminhada para a conquista de uma Democracia política, social e económica.

Mas esta capacidade de mobilização cidadã apresenta-se, ainda, muito aquém das nossas expectativas. Precisamos ampliar a nossa base de apoiantes e de ativistas, não apenas do ponto de vista meramente quantitativo, mas, sobretudo, implantando e reforçando a nossa presença no país, descentralizando as nossas ações e impulsionando iniciativas a nível local. Maior presença no território nacional para ganharmos dimensão e representatividade.

Nesta mesma ordem de preocupações, pretendemos dedicar especial atenção aos jovens e às escolas, pela importância da transmissão, às novas gerações, dos valores da Democracia e da Liberdade. Procuraremos, simultaneamente, melhorar a informação, e temos presente que, para rejuvenescer a nossa base de apoiantes, há uma necessidade imperiosa de diversificar os meios de comunicação social, recorrendo, em particular, às redes sociais.

Demos alguns passos no sentido de assegurar, desde logo, um certo refrescamento de idades na composição dos corpos gerentes do NAM, abrindo espaço para a captação de outras perceções e novos olhares sobre as formas de preservação e divulgação da memória.

Sabemos que é essencial, neste mandato, zelar pela continuidade geracional do cumprimento do “dever de memória”.

A consciência de que somos parte de um todo, de que nos constituímos como um dos polos de uma rede de organizações que perseguem fins similares aos nossos, exige, ainda, o nosso empenhamento no sentido de uma atuação conjunta, convergindo no esforço coletivo de preservar e divulgar a memória histórica. Unindo mais do que competindo.

A experiência comprovada de que o exercício competente da nossa responsabilidade, enquanto movimento cívico, passa, cada vez mais, pela capacidade de fomentarmos parcerias e outras formas de colaboração com todos os intervenientes relevantes para esta causa (poderes públicos, centrais ou locais, universidades, associações e instituições afins, nacionais e estrangeiras), impõe-nos formas de trabalho descentralizado e em estreita colaboração com todos. Potencializar parcerias e dinamizar equipas ou grupos trabalho, que se constituam para a concretização de projetos e iniciativas.

O programa que apresentamos inscreve-se numa linha de continuidade, situando na perspetiva dos objetivos de médio e longo prazos, as iniciativas que pretendemos concretizar no horizonte deste mandato.

  
Continue reading

CONVOCATÓRIA

Nos termos estatutários convoco a Assembleia Geral Eleitoral do MOVIMENTO CÍVICO NÃO APAGUEM A MEMÓRIA para reunir no dia 20 de Maio de 2017, pelas 15 horas e 30 minutos, nas instalações do Grémio de Instrução Liberal Campo de Ourique, Rua da Arrábida nº 126 – 1250-034 Lisboa, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Ponto único) — Eleição da Direcção, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal para o próximo mandato de dois anos, em conformidade com o artigo 18º, nº 1, alínea b) dos Estatutos.

No caso de não se encontrar, à hora marcada, um número de associados que perfaça o quórum, a assembleia reunirá meia hora depois com os que se encontrarem presentes.

O Presidente da mesa da Assembleia Geral
Mário de Carvalho

Boletim de voto

Lista A – candidata aos órgãos sociais 2017-2019 (lista única)

Associação “Movimento Cívico – Não Apaguem a Memória”

Lista A – candidata aos órgãos sociais 2017-2019 (lista única)

 
Direção
Maria Gabriela Soares Vieira da Silva – Presidente
José Alberto Neves Leitão – Vice-Presidente
Vasco Graça – Secretário
João Rodrigues Filipe Caixinhas – Tesoureiro
João Francisco Baeta Rebocho Simas – Vogal
Teresa Rodrigues Gago – Vogal
Lúcia Maria Ezaguy de Almeida Simões – Vogal
José Charters Monteiro – 1º Suplente
Maria Emília Brederode dos Santos – 2º Suplente

Assembleia Geral
Raimundo Pedro Narciso – Presidente
Maria Helena Pato – Vice-Presidente
Irene Flunser Pimentel- Secretária

Conselho Fiscal
Henrique José Carvalho de Sousa– Presidente
Artur E. Alexandre Pinto – Vice Presidente
Maria Manuel Calvet Magalhães – Secretária

 

Proponentes da Lista A candidata às eleições

António Crisóstomo Teixeira
Ana Benavente
Carlos Saraiva da Costa
Conceição Pessoa
Fernando Filipe Esteves Vicente
Jaime Teixeira Mendes
João Maria de Freitas Branco
José Carlos Ventura Abrantes
José Manuel Sequeira Louza
Júlia Alberto de Almeida Martins
Maria Agostinha Martins Soares
Maria Aurora Martins Soares
Maria de Fátima Marques Magalhães Lourenço da Silva
Maria Helena Mendonça da Silva
Maria Helena Augusto das Neves Gorjão
Maria Inês Machado Albuquerque e Castro
Maria João Antunes Gerardo Alexandre Pinto
Maria Luísa Corte Real Moniz Nogueira
Maria Machado Castelhano Pulquério
Mário Lino Soares Correia
Noémia de Ariztía
Paula Mourão Soares Correia
Paula Teresa Ribeiro Borges Alexandrino
Sara Amâncio
Teresa Maria de Freitas Mesquita Spranger

Assembleia Geral Ordinária NAM

CONVOCATÓRIA

Nos termos e para os efeitos do artº 14º dos Estatutos do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM) convoco a Assembleia Geral Ordinária para o dia 1 de Abril de 2017 , pelas 14h 30m, nas instalações do Grémio de Instrução Literária Campo de Ourique – GILCO, Rua da Arrábida, nº 106, em Lisboa, com a seguinte ordem de trabalhos:

1 – informações e assuntos de carácter geral.
2 – apreciação do Relatório e Contas da Direcção assim como do parecer do Conselho Fiscal e respectiva votação.

Não havendo quórum à hora marcada, a Assembleia reunirá meia hora mais tarde com qualquer número de associados.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

Mário de Carvalho

VÍTOR SANTOS (1944 – 2014)

Vítor Santos

Morreu o Vítor Santos. Partiu prematuramente, em Lisboa, aos 70 anos de idade, após enfrentar com exemplar coragem uma doença dolorosa e prolongada. Activista social e político generoso e empenhado, sempre insubmisso e indignado contra as injustiças, sempre do lado dos “de baixo”.

Foi um dos participantes na fundação do NAM, de que era membro, tendo sido também um dos proponentes da lista eleita para os actuais Corpos Sociais. Foi sindicalista e um qualificado profissional na sua área (era desenhador projectista), lutador antifascista, activo e destacado militante comunista, construtor e um dos dirigentes históricos da Festa do Ávante. Foi membro e dirigente da ATTAC e um dos promotores e membro da Comissão Nacional de Apoio ao Tribunal Russell sobre a Palestina. Empenhado nos processos de convergência e diálogo à esquerda, foi um dos fundadores e organizadores do espaço de encontro plural que têm sido os jantares “Em Abril, Esperanças Mil” e um activo apoiante do Congresso Democrático das Alternativas. Nos últimos anos, foi técnico do SPGL, onde deu um qualificado apoio a inúmeras iniciativas e manifestações sindicais, além da animação do seu espaço de artes plásticas, de que era um qualificado conhecedor e organizador de iniciativas, como foram as bienais e outras exposições de artes plásticas na Festa do Ávante.

Exemplo da sua maneira de ser e de estar em variadas situações em que se impunha a exigência moral da resistência e do protesto e a iniciativa cidadã, foi a campanha em que se empenhou contra a guerra de agressão no Iraque, no âmbito da ATTAC, concebendo e produzindo pessoalmente, em sua casa, um numeroso conjunto de faixas de denúncia e protesto, que foi também pessoalmente instalar nos viadutos da IC19, entre Lisboa e Sintra, tamanha era a sua indignação com os crimes da agressão imperial americana e dos seus lacaios na Europa e em Portugal.

16 de Agosto de 2014
Pelos Corpos Sociais do NAM
Henrique de Sousa