Encontro sobre a memória da Revolução Portuguesa (1974-75) no Museu do Aljube dia 20 de Maio das 10H00 às 18H00.
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Protocolo de Cooperação entre a EGEAC / Museu do Aljube Resistência e Liberdade e a Associação Movimento Cívico Não Apaguem A Memória (NAM)
Caros sócios e amigos do NAM,
Assinei no dia 27 de Fevereiro de 2023 o Protocolo que foi estabelecido entre a EGEAC/Museu do Aljube Resistência e Liberdade e o NAM.
Agradeço à Directora do Museu do Aljube, Rita Rato, a permanente abertura que tem mostrado para a colaboração com o NAM.
Espero que este Protocolo seja um passo que venha facilitar ainda mais essa colaboração.
Para vosso conhecimento, junto cópia do documento assinado.
A todos, as minhas saudações antifascistas.
Fernando Mariano Cardeira
Presidente da Direcção da Associação Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM)
“A Voz das Vítimas”
A exposição no Aljube
– Informação –
A exposição “ A Voz das Vítimas”, a realizar na antiga cadeia do Aljube, em Lisboa, será inaugurada em Abril de 2011, provavelmente no dia 14.
Além de contemplar a história do edifício e seus achados arqueológicos, a exposição fará a história da prisão política durante a ditadura. Haverá espaços dedicados à polícia política e aos seus métodos, serão reconstituídos os célebres curros, serão expostas 48 fichas de ex-presos políticos com a fotografia tirada pela PIDE e uma pequena biografia, será descrita a vida dos presos nesta antiga prisão e também o quotidiano dos carcereiros, tanto quanto possível reproduzindo o ambiente da época.
Planeamos organizar regularmente visitas guiadas, apresentação de memórias de antigos presos, colóquios sobre a repressão no “Estado Novo”, a tortura, os tribunais plenários, as medidas de segurança, as fugas da prisão, a solidariedade com os presos políticos, os exílios, os desterros do Império, a resistência e as lutas contra o fascismo. Serão exibidos filmes e realizadas outras iniciativas como visitas de escolas.
Acção na cadeia do Aljube
O Movimento Não Apaguem a Memória! promove no próximo sábado, 1 de Julho, entre as 10h30 e o meio dia, uma concentração junto do Largo da Sé. Daí se dirigirão os manifestantes para a antiga prisão do Aljube, onde antigos presos políticos darão testemunho público da sua prisão durante o Estado Novo. O objectivo da acção é sensibilizar os poderes públicos, designadamente o Ministério da Justiça, que tem a tutela do imóvel, e a Assembleia da República, como representação do Estado, a fazer daquele espaço, meio abandonado, um local que celebre a memória e o exemplo dos que ali lutaram pelos direitos políticos e sociais em Portugal.
A cadeia do Aljube, foi a prisão utilizada pela PVDE/PIDE, a polícia política do Estado Novo, para encarcerar os presos políticos. Nesta prisão não havia qualquer local para recreio e as salas e celas eram impróprias para viver.
Os “curros” do Aljube eram pequenas celas com cerca de um metro de largura, catres basculantes, que, ao baixarem ocupavam todo o espaço, obrigando o preso à quase imobilidade. Estes “curros” eram fechados por duas portas, uma gradeada e outra de madeira, apenas com um pequeno postigo, estando quase todo o dia mergulhadas numa semi-obscuridade.
Eram essas as instalações que a PIDE usava para manter os presos incomunicáveis, durante o período mais intenso dos interrogatórios. Durante o primeiro período, não tinham acesso a caneta, nem a lápis, nem a papel, nem a jornais, nem a livros, nem a relógio, sem espaço para se moverem. Havia ainda a cela disciplinar, n.º 14, onde o preso estava permanentemente às escuras, sem enxerga e, às vezes, a pão e a água.
Devido aos protestos internacionais e a campanhas de oposição internas o Aljube acabou por ser fechado, em Agosto de 1965.