Direcção do NAM presta contas aos associados

INFORMAÇÃO DA DIRECÇÃO AOS SÓCIOS DO NAM
Lisboa, 6 de Dezembro de 2010

Caras Companheiras
Caros Companheiros

A actividade que a Direcção do NAM tem vindo a desenvolver nos últimos meses tem incidido particularmente nos objectivos seguintes:

  1. Exposição ”A voz das Vítimas” na antiga Cadeia do Aljube.
  2. Memorial às Vítimas da PIDE nas proximidades da sua antiga sede em Lisboa.
  3. Ciclo de conferências sobre “O Reviralho”.
  4. Cooperação com o Ministério da Educação.

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A organização operária no crepúsculo do sindicalismo livre*

[ texto de João Madeira** ]

* in Manuel Loff e Teresa Siza (Coordenação Científica), Resistência. Da alternativa republicana à luta contra a ditadura (1891-1974), Lisboa, CNCCR/INCM, 2010, pp 63-71
** Investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa.

No âmbito do ciclo de conferências LUTA ARMADA E RESISTÊNCIA REPUBLICANA – O REVIRALHO
Organização: NAM – IHC/UNL, na livraria Ler Devagar, em Lisboa.
5ª conferência em 25 de Novembro de 2010

A 29 de Maio de 1926, as forças militares golpistas do general Gomes da Costa progrediam para sul, utilizando os comboios das linhas de Minho e Douro e da CP, sem que os aguerridos sindicatos ferroviários esboçassem um gesto de resistência. Chegavam assim impunemente às portas de Lisboa, adquirindo novos e mais substanciais apoios políticos.

Nesse dia, o Partido Comunista Português iniciava nesta cidade o seu II Congresso. A resolução aprovada a propósito do pronunciamento militar fala de um golpe fascista, alertando para os tempos difíceis que aí viriam para a classe operária e os trabalhadores.

Sai, aliás, logo do Congresso uma delegação encarregada de difundir essa resolução pelos jornais da capital e de contactar a CGT, Confederação Geral do Trabalho, e a Esquerda Democrática. Destas organizações, a reacção não podia ser mais decepcionante – apenas desinteresse e passividade.

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A Ditadura Militar: a tomada de poder e os instrumentos de repressão

[ texto de Irene Pimentel ]

– Num contexto de revoltas reviralhistas e de actividade anarco-sindicalista e, em menor grau, comunista, contra a Ditadura Nacional implantada pelo golpe de Estado de 28 de Maio de 1926, foram criadas e reforçadas as estruturas repressivas, nomeadamente da polícia política, da censura à imprensa e do aparelho judicial militar.

– Nesse contexto, digladiavam-se, no seio do novo regime militar várias forças. Entre estas, contavam-se, por um lado, a dos militares conservadores liberais, que tinham participado no 28 de Maio, mas que eram republicanos e encaravam a ditadura como provisória, e, por outro lado, os nacionalistas de direita e extrema-direita, fascizantes, os elementos do tenentismo, a Igreja católica que pretendiam fundar um novo regime.

– Este acabaria por ser o Estado Novo de Salazar, que a partir de 1930 passou a hegemonizar progressivamente o poder político, até então dominado pelos sectores militares republicanos conservadores.

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O Reviralho – ciclo de conferências

Ciclo de conferências

Luta armada e Resistência Republicana

O Reviralho –

(1926-1940)

Local: Livraria Ler Devagar (Lisboa)
Entidades promotoras: NAM – Isabel do Carmo e IHC – Fernando Rosas
Apoio: Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República
Coordenação Científica: Luís Farinha

5ª feiras – às 21h e 30m

A Queda da República e a instauração da Ditadura Militar
28 OutFernando Rosas

Revoltas Republicanas contra a Ditadura Militar e o Estado Novo (1926-1940)
4 Nov – Luís Farinha

A Ditadura Militar – a tomada do poder e os instrumentos de repressão
11 Nov – Irene Pimentel.

Exílio e deportação (1926-1940)
18 NovSusana Martins.

Sindicalismo livre e movimentos sociais na crise do Estado liberal
25 Nov João Madeira