Homenagem a Nuno Teotónio Pereira

O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM) associa-se à homenagem, oportuna e merecidíssima, a Nuno Teotónio Pereira, pela sua vida de corajoso combatente pela liberdade, durante o regime de ditadura do Estado Novo e que temos a honra de ter como sócio fundador e sócio honorário do NAM.

A homenagem terá lugar na Igreja do Sagrado Coração de Jesus , R. Camilo Castelo Branco, nº 4, em Lisboa, no dia 5 de Fevereiro das 16:00 às 18:00 h.

Haverá intervenções de Jorge Sampaio, Mário Brochado Coelho e Júlio Pereira (coordenação de Joana Lopes) e conta com a presença do homenageado.

O Movimento Não Apaguem a Memória, que estará presente na homenagem a Nuno Teotónio Pereira com uma delegação da sua direcção, felicita por esta iniciativa os seus organizadores.

A organização operária no crepúsculo do sindicalismo livre*

[ texto de João Madeira** ]

* in Manuel Loff e Teresa Siza (Coordenação Científica), Resistência. Da alternativa republicana à luta contra a ditadura (1891-1974), Lisboa, CNCCR/INCM, 2010, pp 63-71
** Investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa.

No âmbito do ciclo de conferências LUTA ARMADA E RESISTÊNCIA REPUBLICANA – O REVIRALHO
Organização: NAM – IHC/UNL, na livraria Ler Devagar, em Lisboa.
5ª conferência em 25 de Novembro de 2010

A 29 de Maio de 1926, as forças militares golpistas do general Gomes da Costa progrediam para sul, utilizando os comboios das linhas de Minho e Douro e da CP, sem que os aguerridos sindicatos ferroviários esboçassem um gesto de resistência. Chegavam assim impunemente às portas de Lisboa, adquirindo novos e mais substanciais apoios políticos.

Nesse dia, o Partido Comunista Português iniciava nesta cidade o seu II Congresso. A resolução aprovada a propósito do pronunciamento militar fala de um golpe fascista, alertando para os tempos difíceis que aí viriam para a classe operária e os trabalhadores.

Sai, aliás, logo do Congresso uma delegação encarregada de difundir essa resolução pelos jornais da capital e de contactar a CGT, Confederação Geral do Trabalho, e a Esquerda Democrática. Destas organizações, a reacção não podia ser mais decepcionante – apenas desinteresse e passividade.

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A Ditadura Militar: a tomada de poder e os instrumentos de repressão

[ texto de Irene Pimentel ]

– Num contexto de revoltas reviralhistas e de actividade anarco-sindicalista e, em menor grau, comunista, contra a Ditadura Nacional implantada pelo golpe de Estado de 28 de Maio de 1926, foram criadas e reforçadas as estruturas repressivas, nomeadamente da polícia política, da censura à imprensa e do aparelho judicial militar.

– Nesse contexto, digladiavam-se, no seio do novo regime militar várias forças. Entre estas, contavam-se, por um lado, a dos militares conservadores liberais, que tinham participado no 28 de Maio, mas que eram republicanos e encaravam a ditadura como provisória, e, por outro lado, os nacionalistas de direita e extrema-direita, fascizantes, os elementos do tenentismo, a Igreja católica que pretendiam fundar um novo regime.

– Este acabaria por ser o Estado Novo de Salazar, que a partir de 1930 passou a hegemonizar progressivamente o poder político, até então dominado pelos sectores militares republicanos conservadores.

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O Reviralho – ciclo de conferências

Ciclo de conferências

Luta armada e Resistência Republicana

O Reviralho –

(1926-1940)

Local: Livraria Ler Devagar (Lisboa)
Entidades promotoras: NAM – Isabel do Carmo e IHC – Fernando Rosas
Apoio: Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República
Coordenação Científica: Luís Farinha

5ª feiras – às 21h e 30m

A Queda da República e a instauração da Ditadura Militar
28 OutFernando Rosas

Revoltas Republicanas contra a Ditadura Militar e o Estado Novo (1926-1940)
4 Nov – Luís Farinha

A Ditadura Militar – a tomada do poder e os instrumentos de repressão
11 Nov – Irene Pimentel.

Exílio e deportação (1926-1940)
18 NovSusana Martins.

Sindicalismo livre e movimentos sociais na crise do Estado liberal
25 Nov João Madeira